segunda-feira, 14 de março de 2011

Miss Imperfeita, muito prazer!


Olá, queridos!
Esse texto me foi enviado pela minha grande amiga Hedilamar,(a Dila para os íntimos!).Ela é a amiga que eu carinhosamente chamo de mal-educada,rsrsrsrsrs, devido a uma longa história... mas de vez em quando me manda uns mimos sabe,para eu pensar que ela ainda tem jeito, rsrsrsrsrs, porém desta vez, me enviou uma verdadeira pérola de autoria da Martha Medeitos, que eu não poderia deixar de compartilhar justamente no mês de comemoração do Dia Internacional da Mulher!
Aproveito para deixar uma foto dela comigo para quem não a conhece(não da jornalista, da minha amiga mal-educada Hedilamar!)

O texto é uma homenagem a todas as mulheres maravilhosas que trabalham, batalham e lutam para serem felizes.
Espero que gostem!
Eu amei!
Bjú!

Cleide Capitu



SOU A MISS IMPERFEITA, MUITO PRAZER!

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

PARA TODAS AS MULHERES MARAVILHOSAS QUE TRABALHAM,
QUE BATALHAM, QUE LUTAM
PARA SEREM FELIZES!

12 comentários:

  1. Caramba, muito bom esse texto, passa uma mensagem assim altamente instrutiva,atinando para coisas q estão fazendo falta, pensar como estamos dirigindo as nossas vidas, onde vc se enquadra em algumas coisas e não se enquadra em outras, como se ali vc descobrisse q está faltando alguma coisa para completar algo q ainda não vivemos e precisamos viver ! muito legal adorei!!!!

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  2. Não conhecia o texto, mas que texto!
    Só podia ser da Marthinha ^^
    Gostaria de saber, como Clarice escreveria para nós...
    Enfim... Que sejamos eternamente imperfeitas perfeitas e felizes!

    Bjoka!!!!!

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  3. Pá!!!!
    Sempre prestigiando o blog!
    Vc é uma das incentivadoras que eu quero ver sentada na primeira fila, quando eu adentrar a ABL para ocupar a cadeira 23!
    Tb gosto dos trabalho da Clarice, aliás gosto do trabalho de mt gente que outros nem ouviram falar, como a Cassandra Rios, por exemplo (conhece?),rsrsrsrs!
    Mega bjú, baianinha amada!

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  4. Oi, Tania!!!!
    Que bom que gostou!
    O texto é isso tudo que vc disse e mais um pouco!
    Tenho tido dificuldade de te enviar e-mails, estão retornando...
    O(brigada por sempre prestigiar o blog!
    Bjú!

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  5. Gostei do texto,muito bom e instrutivo tanto
    que já assumi o culpa zero rsrs + falando sério
    amei, bem verdadeiro basta sermos mulher e miss
    imperfeita com muita honrra sim.
    bjs.
    (sempre q postar textos me da um oi ta bom ?)

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  6. OLÁ CAPITU.

    Sou seu mais novo seguidor.

    Continuo tentando fazer humor nos meus blogs, e até que algumas poucas vezes eu consigo.

    Não é espantoso?

    E já que o texto da competente jornalista, contempla tão pouco o amor entre um homem e uma mulher, a não ser na extremada passagem na qual fala em engravidar, gostaria de começar muito antes, deste acontecimento.

    Nenhuma mulher, mais absolutamente, nenhuma mesmo, sabe e jamais saberá o que significa uma mulher , para um homem e por um simples razão, nós nunca dizemos, pois raramente, vocês nos dão palavra (rs).

    Então, saiba Capitu que, mulher é muito melhor que nhá-benta com recheio de marshmelow, qualquer jogo, desde que não seja de futebol, e tão bom quanto aquela cervejinha gelada e o indispensável papo com os amigos naquele botequim pé sujo, no final do expediente.

    Mulher e muito melhor do que comprar um carro zero quilômetro, desde que não seja uma Ferrari Testarossa vermelha - pois também,não devemos exagerar - e é insubstituível para todos aqueles que ainda permacecem fiéis as suas opções heterossexuais, seja num calorento dia de verão ou frio de rachar das noites de inverno.

    Já pensou se vocês não existissem?

    Que chato, não ter ninguém para pedir nosso cartão de crédito e nós, naqueles momentos de aperto financeiro, recorrermos a uma graninha emprestada até o final do mês?

    Capitu, mulher é mãe. Dirão as mulheres de hiper-super-mega vanguarda:

    -Nossa, coisa mais antiga!

    Mas, não é não Capitu, quer um exemplo?

    Eu mamei até os seis anos de idade e só parei, porque mu pai deu uma decisão na minha mãe, tipo:

    -Olha aqui, ou ele ou eu! (rs)

    Então, mãe é muito mais do que um seio, um ventre, uma saia , ou uma daquelas calças
    compridas de cintura baixa e horrorosas que deixam todas vocês barrigudas e com aquelas sobras de gordura dos lados.

    Mulher não tem dia Capitu, ou você acha que eu,depois do Dia Interncional da mulher, saio por ai procurando um outro homem para fazer afagos?

    Dia da mulher é hoje , e todos os dias, caso seja possível, agora !!!

    Fala sério ou quer que minta?

    Um abração carioca.

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  7. Nossa!!!!!!!!!!
    ABL????????? UALLLLLLLLLLLLLLL!!!!!!!!!
    Quero ver sim, viu?????????

    Não conheço Cassandra não, mas posso conhecer se vc me apresentar a seus textos ^^

    Já que vc gosta de escrever e divulgar, pq vc não posta seus escritos no http://recantodasletras.uol.com.br/ ???

    Lá tem escritores de todos os estilos. Vc escreve e eles comentam (nós, leitores, tb comentamos), criticam etc. . Tem escritores que lançam ou divulgam seus livros. Tem escritores professores (ou o inverso), tem escritores reconhecidos (e que fazem parte de alguma "academia").
    Enfim... Acho que seria bom para vc ampliar laços literários, ver novos estilos etc. rsrsrs

    É uma sugestão que eu mando para vc (já tinha falado antes, mas acho que vc não se lembra)

    Beijos e boa sorte!!!!!!!!!!!!!!

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  8. Tia, Moiva!!!!!
    Que prazer tê-la sempre aqui prestigiando o trabalho dessa sobrinha tão displicente em visitar parentes que moram nos reinos tão-tão distantes como vc (ou seria eu quem moro lá e não sei?Rsrsrsrssr!)
    Pode deixar que avisarei sempre e quero saber sua opinião sempre tb!
    Mega bjú na primarada toda aí!

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  9. Como boa carioca, só posso dizer do seu texto: CARACA!!!!!!!!!!!!!!!
    Paulo, se isso tudo aí for mesmo o que vc pensa de nós mulheres e não mais um texto humorístico seu, rsrsrsrs, te pergunto:
    Quer casar comigo????
    Obrigada por prestigiar o blog com sua presença, por seguir e por engrandecê-lo ainda mais com esse texto simplesmente lindo!
    Mega bjú carioca pra ti!

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  10. Palomyta, minha baiana preferida!
    Do vc é eclética em literatura como eu, talvez se interesse sim pelo trabalho dela.
    Cassandra Rios, foi uma escritora brasileira, autora de dezenas de livros que por quase quarenta anos escandalizaram o Brasil por seu estilo "pornográfico", dentre eles A Tara, Tessa, a Gata, Volúpia do pecado, A paranoica, Muros Altos, Uma Mulher Diferente, Cabelos de Metal e A Borboleta Branca, entre outras dezenas de títulos. O romance A Noite Tem Mais Luzes atingiu a marca de 700 mil exemplares vendidos.
    Seu nome verdadeiro era Odete Rios e la nasceu em São Paulo em 1932.
    Cassandra foi uma das autoras mais vendidas dos anos 60 e 70 - e também das mais perseguidas pela censura, pelo explícito conteúdo erótico de sua obra, considerada pornográfica pelos setores mais conservadores da cultura. Em seus livros, ela falava com liberdade e muita sensualidade sobre assuntos mais que polêmicos para a época, como homossexualidade feminina, as relações entre sexo, religião, política, etc...
    Lésbica assumida, chegou a vender quase trezentos mil exemplares de seus livros por ano!
    Um de seus livros, A paranóica, foi adaptado para o cinema com o título de Ariella, interpretado por Nicole Puzzi, mas poucos sabem disso.
    Aos 33 anos, em meados dos anos 1960, Cassandra era uma mulher completamente diferente das da época. Porte alto, usava terninho e com certa altivez, destacava-se mesmo estando numa multidão. Além de escritora, nesta época foi dona de uma livraria na avenida São João, ao lado da Galeria do Rock em Sampa, onde podia ser encontrada diariamente.
    Em 1976, a autora tinha 33 dos 36 livros que havia publicado apreendidos e proibidos em todo o país. Desde então, desapareceu completamente do noticiário...
    Abandonada, editando os últimos livros por conta própria, Cassandra queixava-se que sempre se sentiu incomodada pelo fato de sua vida pessoal ser confundida com as atmosferas que criava em suas obras. Numa entrevista recente à revista TPM, afirmou: "O que mais me incomodou foi me encararem como personagem de livro. Então, não tenho capacidade para ser escritora?!"
    Infelizmente, ela faleceu em São Paulo, aos 69 anos de idade, em 8 de março de 2002.
    Se quiser conferir a obra dela, dá uma pesquisada nos sites de busca. Tenho certeza que apesar de perseguida, principalmente pelo fato de ser lésbica assumida, o que ela deixou de legado para a geração de escritores ousados recente, ainda poderá ser admirado(e pq não, divulgado?!)
    Bjú!!!!!!!!!!!!!!!!

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  11. Por isso que eu não a conhecia...
    E há tantos talentos desconhecidos que nem sabemos da existência...
    Pensei que era alguma amiga sua - escritora.
    Obrigada por me apresentá-la!

    Bjokas, Amora!

    PS: Li há uns dias - num site - que será lançado um livro sobre a vida de Virginia Woolf... E nessa biografia há relatos baseados no diário dela... Ela já teve um romance com uma mulher... Se é verdade eu não sei. A pessoa morre e dizem (ou aparece) tanta coisa, né?

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  12. Pá!
    Amora, com a pessoa viva já falam (eu quem o diga! Rsrsrsrsr), dirá depois de morta...
    Bjú!

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Bem vindas pessoas de bem com a vida, de bem com o mundo, de bem consigo mesmas!