quarta-feira, 6 de março de 2013

EROS & PSIQUE

Olá pessoas!!!!! 
 Reconheço que fiquei muito tempo afastada desse nosso pequeno espaço literário por motivos que hoje não vem ao caso, mas depois de algumas cobrança por parte dos amantes da literatura geral, de alguns amigos e de muita saudade, aqui estou eu de volta!Disposta a compartilhar tudo que possa nos enriquecer de alguma forma enquanto seres humanos!
 E para brindar esse retorno escolhi um texto clássico de Fernando Pessoa que gosto muito e adoraria debatê-lo com vocês. Quantos de nós não temos fantasias sobre nós mesmos ou sobre outras pessoas que nem nos damos conta que fogem a realidade de tão real que nos parecem? Quem nunca fantasiou um amor de forma tão intensa que não lhe pareceu retribuído ainda que não fosse?
Quem nunca achou que um olhar, que para muitos era apenas um olhar, o olhar mais interessado em sua pessoa do mundo? 
Quem nunca sonhou com um PARA SEMPRE que só existiu pra si? 
Enfim ,há tantas situações em que cabe uma psique em nossas vidas que devanear sobre elas talvez me custe uma noite inteira! 
E quem disse que psique necessariamente tenha que ser uma pessoa? A psique é sua!Seja ela o ue que você quiser! 
Abraços carinhosos! 
 By Capitu, eu.


EROS & PSIQUE.
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
 A quem só despertaria
 Um Infante, que viria.
 De além do muro da estrada.
 Ele tinha que, tentado,
 Vencer o mal e o bem,
 Antes que, já libertado,
 Deixasse o caminho errado
 Por o que à Princesa vem.
 A Princesa Adormecida,
 Se espera, dormindo espera,
 Sonha em morte a sua vida,
 E orna-lhe a fronte esquecida,
 Verde, uma grinalda de hera.
 Longe o Infante, esforçado,
 Sem saber que intuito tem,
 Rompe o caminho fadado,
 Ele dela é ignorado,
 Ela para ele é ninguém
 Mas cada um cumpre o Destino
 Ela dormindo encantada,
 Ele buscando-a sem tino
 Pelo processo divino
 Que faz existir a estrada
. E, se bem que seja obscuro
 Tudo pela estrada fora,
 E falso, ele vem seguro,
 E vencendo estrada e muro,
 Chega onde em sono ela mora,
 E, inda tonto do que houvera,
 À cabeça, em maresia,
 Ergue a mão, e encontra hera,
 E vê que ele mesmo era
 A Princesa que dormia.

 Fernando Pessoa

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A ÚLTIMA PROFESSORA.


Olá, amados leitores!
Eu não poderia encerrar este mês de outubro, mês em que comemoramos no último dia 15 o Dia dos professores, sem deixar aqui registrado uma homenagem a essa categoria profissional infelizmente tão desvalorizada pelo Poder público.
O mais triste disso é que esse pouco caso por parte do governo com os professores acaba se refletindo na sociedade de forma altamente negativa.
Antigamente a profissão era valorizada econômicamente e socialmente.Ser professor era sinônimo de ser importante, respeitado! Em sala de aula não eram destratados em hipótese alguma!Ao contrário, os alunos tinham na figura do professor alguém que merecia o mesmo respeito que era dirigido aos seus pais!
O salário de um professor dava tranquilamente para sustentar uma família sem que o mesmo precisasse se matar de dar aulas em duas, três escolas como vemos hoje em dia.
Porém a falta de respeito com que são tratados pelo próprio governo brasileiro que lhes dispensa um salário indigno, incompátivel com a nobreza da função que exercem, a desmoralização da classe e mais um conjunto de imoralidades a que são expostos acabam por fazer com que toda a sociedade não os trate mais com o respeito que merecem!
Isso é muito triste!
A cada dia vemos mais e mais relatos de professores sendo agredidos moral, verbal e até fisicamente por seus alunos. Professores ameaçados em sala de aula pelo poder paralelo.Professores passando dificuldade financeira.
Sinceramente não sei precisar quando foi que perdi o gosto por exercer o magistério...Sim! Sou professora por formação!
Lembro-me que quando manifestei o desejo de ser professora no final dos anos 80 meus pais já não aprovaram. Haviam muitos cursos voltados para a área técnica sendo inseridos no segundo grau.Eles preferiam que eu tivesse optado por um curso técnico ao invés do curso Normal.Lembro-me também que para que eu tivesse bastante tempo para pensar e desistir de idéia, só foram assinar os papéis para que eu fizesse a prova do Instituto Superior de Educação, que na época ainda era IERJ, no último dia!
Realmente eu sonhava em ser normalista!
Amava aquele uniforme!Amava estar no colégio!Queria mesmo me formar professora e exercer o magistério!Não me conformava com o analfabetismo de forma alguma, tanto que me especializei em alfabetização de adultos e por três anos consecutivos lecionei "de graça" no Projeto Mobral.Para quem não se recorda, esse projeto era voltado para a alfabetização de adultos que não tiveram oportunidade de aprender a ler e escrever. Era um curso noturno, trabalhoso, cansativo e até mesmo perigoso visto a hora em que eu terminava de dar aulas e o trajeto que fazia até em casa. Mas eu amava!Me realizava ver alguém escrevendo o seu próprio nome sozinho!Sem ter que fazer uso das digitais para reconhcer documentos.Era uma lição de cidadania!
Mas o fato é que eu também, como muitos colegas de profissão, fui perdendo o gosto pelo magistério...
Os anos passavam e eu não via perspectiva de um vida econômica decente se permanecesse na profissão...a menos que me matasse de trabalhar, correndo de uma escola para outra como faziam muitos outros colegas, virando noites elaborando planos de aulas, corrigindo provas, preparando matérias; coisas que certamente poderia fazer durante uma parte do dia se ganhasse o necessário para sobreviver dignamente lecionamdo somente em uma escola mas que infelizmente não era e continua não sendo a reliadade do Professor.
Não me arrependo de ter me formado Professora mas igualmente não me arrependo de ter deixado o magistério e dado outro rumo a minha profissisonal.
Exercer o magistério exige total entrega, doação incondicional ao ofício independente de tudo de negativo que assola a classe.
Eu não me imagino dentro de uma sala de aula exercendo a função cercada de frustração.
Mas também entendo que ensinar é um dom de Deus!
Esse talento está em mim acima de qualquer coisa, então fiz da vocação uma opção e não obrigação na minha vida profissinal.
Hoje leciono por prazer, por doação, para ajudar quem tem dificuldade mas não mais condicionada a um contra-cheque que desvaloriza em único dia tudo o que eu valorizei preparando um mês inteiro!
Por isso, como tributo aos meus colegas de profissão que se dedicam a arte do magistério e como alerta a sociedade para a importância que se deve dar a um Professor, é que posto o texto abaixo.
Espero que gostem e que reflitam sobre o conteúdo que ele traz!
Bjú!!!

Cleide Capitu.

A ÚLTIMA PROFESSORA.

Estamos em 2989 e alguns cientistas, trabalhando nas ruínas de um sítio arqueológico (local outrora conhecido como Jacarepaguá), encontraram uma mandíbula de mulher. Levada ao laboratório, descobriu-se que ela pertencia a uma professora. Não uma professora qualquer, mas provavelmente a última da espécie classificada como de 1º Grau que viveu por volta de 2020 num antigo país chamado Brasil.
No final do séc. XXI, o Brasil que conhecemos se tornou um aglomerado de tribos independentes, expressando-se nos mais diferentes idiomas. A descoberta do que ficou conhecido como a Professora de Jacarepaguá (uma versão mais moderna do Homem de Neanderthal) tornou possível encontrar as razões da dissolução do país.
Buscando nos livros, os cientistas perceberam que houve uma época – entre o início do séc. XX e meados dos anos 50 – em que professores desse extinto país ocupavam uma posição invejável na escala social. As famílias monogâmicas das classes médias (e algumas altas) orgulhavam-se de poderem encaminhar suas filhas para a profissão. Casar com uma professora era a aspiração suprema de muitos homens. Elas eram olhadas com respeito, admiração e desfrutavam de um status semelhante ao dos militares.
Reconhecidas na sua missão histórica de educar, recebiam – acreditem – um salário que chegava ao final do mês. Alguns iam além.
Não se sabe precisar a data, mas parece que foi no final dos anos 70 que o magistério começou a desabar na escala social. Por mais que quebrem a cabeça, nossos cientistas não conseguem entender as razões dessa queda vertiginosa. Não terá sido por falta de escolas, porque o país esforçava-se para entrar na modernidade e necessitava ampliar sua rede escolar. Não terá sido também por falta de quem educar, porque esse atrasado país somava mais de 50 milhões de analfabetos e semiletrados no início dos anos 90. Muito menos pela possibilidade de substituir professoras por robôs, televisores e computadores. Por que então os magistrados passaram a ser tratados como os servos do antigo Egito?
A princípio, suspeitou-se que esse povo atrasado e tropical tivesse uma caixa craniana inferior a das raças desenvolvidas. Mais tarde, encontraram-se outras razões para o declínio do magistério: um complô contra a educação, criado pela classe dominante (10% da população), que detinha mais de 50% da renda nacional. Não interessava a ela ver o saber democratizado, ou seus privilégios estariam ameaçados. Os professores despencaram para os últimos lugares da tabela econômica, equiparando-se aos profissionais (não especializados) mais mal pagos desse triste país. Alguns, ganhando salário-mínimo, recebiam menos do que os operários que ajudaram a levantar os Jardins Suspensos da Babilônia.
O resultado é que, a partir do início do século XXI, o professorado tornou-se uma espécie em extinção. Documentos da época informaram que, quando uma jovem anunciava o desejo de ser professora, a família a colocava de castigo. Era preferível ganhar a vida como chacrete em programa de auditório. Os cientistas pesquisaram o desaparecimento de outras atividades nesse país: funileiro, cocheiro, acendedor de lampiões. Ocorre que esses profissionais foram engolidos pelos avanços da civilização. No caso dos professores, não há progresso nem tecnologia capaz de substituir sua presença. É a professora quem nos leva pela mão na travessia para as primeiras letras. É ela quem nos coloca no ponto de partida e, com uma palmadinha no traseiro, parece dizer:"Agora vai à luta".
Segundo os cientistas, os governos da época, preocupados com questões mais transcendentais, não perceberam a escassez de professores no mercado. Foi preciso que as escolas começassem a fechar e os donos das escolas particulares esperneassem desesperados para o governo tomar providências.
Que providências? Importar professores, como fez com o álcool. No início dava-se preferência a Portugal e às ex-colônias. Mas eles também tinham suas crianças para educar, de modo que o Governo teve que recorrer ao Paraguai, Bolívia, Guianas. Logo, os países desenvolvidos – que já dominavam a cultura do Brasil – perceberam o alcance do negócio e trataram de enviar, gratuitamente, bandos de professores às escolas brasileiras.
O país tornou-se uma Babel. Em algumas regiões, ensinava-se em japonês; em outras, em alemão ou inglês, ou italiano ou espanhol. Em apenas uma única escola, em Jacarepaguá, uma professora resistia, ensinando os alunos em português. Sua morte tornou-se um marco na história da Educação nesse país. Foi enterrada com honras de herói nacional e o monumento ao "Professor Desconhecido", erguido no antigo Centro da Cidade, reproduz seu rosto na figura principal. Ao pé do monumento, os dizeres: " "A última professora brasileira, homenagem dos seus ex-alunos".
Foi a última frase que se escreveu em português nesse extinto país".

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um pouco de "cultura inútil" pode ser "muito útil"!


Olá amados e amadas!
Estava me sentindo um pouco sem inspiração para escrever esses dias. Algumas vezes acontece...passo dias cercada, cheia de inspiração e motivos para escrever sem parar, uma idéia surge atrás da outra como aguá jorrando da fonte; já outras vezes acontece de passar dias com muita vontade de escrever mas sem inspiração para algo que eu considere interessante. E esses dias estava assim, sem inspiração, até que aconteceu um fato que me despertou o interesse para a chamada "cultura inútil".
Chovia muito no Rio de janeiro nesta manhã de quarta-feira.
Eu estava a caminho do trabalho para cumprir meu plantão, muito cedo, mas as ruas já estavam alagadas e o engafarramente no trânsito foi inevitável. Logo com o ônibus cheio e parado, os passageiros começaram a buscar alternativas para passar o tempo. Alguns ouviam música com os fones dos celulares ao ouvido, outros liam, outros dormiam, e outros tentavam dormir impedidos pelo bate-papo de outros passageiros sentados próximos.Esse era o meu caso. Eu bem que queria tirar um cochilinho, mas a conversa entre as duas senhoras sentadas à minha frente me impedia.E foi justamente dessa conversa que ouvi algo que me levou a pensar em outras coisas que gerou a inspiração para este texto.
Uma senhora perguntou a outra se já tinha ido ver um bebê que nascera, certamente de alguém conhecido de ambas, ao que outra respondeu:
- Fui sim. Nossa é a cara do pai! "Escarrado e cuspido"!Caramba! Imediatamente fiquei enjoada...
Sempre que escuto alguém usar erroneamente esta expressão fico enjoada! Imagine um bebê cheio de escarro e cuspe!Arrrgh!!!!
Que vontade que dá de corrigir e explicar a pessoa que o diz, que é "Em carrara escupida"!
Claro, que educadamente permaneci calada, até porque a conversa não era comigo, mas que deu vontade, ah, isso deu!
Logo me desliguei da conversa das senhoras e comecei a pensar sobre as expressões ditas de modo errado e que muitas vezes são repassadas do mesmo modo por aí. Ou sobre coisas que ouvimos as pessoas dizerem, repetimos e nem sempre sabemos o significado delas, apenas se repetem o que os outros dizem, se encaixam em diálogos por encaixarem, sem saber se faz ou não algum sentido.
Tenho o hábito, quase sempre motivado pela curiosidade, de pesquisar sobre tudo o que ouço e me chama a atenção. E foi assim que acumulei alguma cultura que para algumas coisas pessoas pode ser chamada de "cultura inútil", pois não fará diferença saber ou não ou que significa, sua origem, se faz ou não sentido citá-las em determinada conversa etc,etc,etc...
Mas como para mim nenhum tipo de cultura se despreza, vou compartilhar um pouco do que sei sobre determinadas expressões e ditos populares que ouvimos por aí.
Vamos primeiro as que são ditas de um modo e na verdade o ditado é outro:
"Escarrada e cuspida", que algumas pessoas usam para dizer que alguém é muito parecido com outro, na verdade se diz "Em carrara esculpida".
Carrara é um tipo de pedra mármore, onde os artistas esculpiam suas obras. O termo quando usado se referindo a alguém não traduzia a semelhança desta pessoa com outra mas sim fazia alusão a sua beleza, devido a qualidade que a carrara acescentava as obras
.
Batatinha quando nasce se esparrama pelo chão...
O correto é "Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão..."

"Parece que tem bicho carpinteiro"...Na verdade, se dizia de alguém que não pára quieto >:"Parece que tem bicho pelo corpo inteiro!" "
"Cor de burro quando foge", usando para falar de uma cor desconhecida.
O correto é >"Corro de burro quando foge" e nada tem a ver com cores, era usado para se dizer que estava correndo de confusão ou de gente briguenta, que gosta de armar confusões.
"Quem tem boca vai a Roma", usado para indicar que perguntando se chega ao destino que quiser; o correto é >>"Quem tem boca vaia Roma", do verbo vaiar.Isso mesmo!E era usado para demosntrar que as pessoas não concordavam com o modo como Roma se posicionava na antiguidade, especialmente em relação aos abusos da santa inquisição, época em que a igreja estava acima do alto clero.
"Quem não tem cão, caça com gato", usado para justificar uma substituição quando não se tem o recomendado, mas o correto é >>"Quem não tem cão, caça como gato" ou seja, sozinho.
Tem ainda aquelas expressões que ouvimos ou falamos mas desconhecemos a origem, a história delas.É sempre bom saber, justamente para saber se convém empregá-las.

Erro crasso
Significado: Erro grosseiro.
Origem: Na Roma antiga havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três pessoas. No primeiro destes Triunviratos , tínhamos: Caio Júlio, Pompeu Magnus e Marco Licinius Crasso . Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros a cair.
Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um "erro crasso ".

Coisas do arco-da-velha
Significado: Coisas inacreditáveis, absurdas, espantosas, inverosímeis.
Origem: A expressão tem origem no Antigo Testamento; arco-da-velha é o arco-íris, ou arco-celeste, e foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé: "Estando o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na terra." (Génesis 9:16)
Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina.
Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades mágicas do arco-íris - beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).

Lágrimas de crocodilo
Significado: Choro fingido.
Origem: O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.

Afogar o ganso
Significado: Relação sexual; masturbação.
Origem: No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima.


Mal e porcamente
Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito.
Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e eficientemente, com parcos (poucos) recursos.
Como parcamente não era palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou " mal e porcamente", sob protesto suíno.»1

Fila indiana
Significado: enfiada de pessoas ou coisas dispostas uma após outra.
Origem: Forma de caminhar dos índios da América que, deste modo, tapavam as pegadas dos que iam na frente.

Andar à toa
Significado: Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.
Origem: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar.

O pior cego é o que não quer ver
Significado: Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade.
Histórico: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o
mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

Casa de mãe Joana
Significado: Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar, etc.
Histórico: Esta vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “que tenha uma porta por onde todos entrarão”. O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o
Brasil a expressão vivou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.

Onde judas perdeu as botas
Significado: Lugar longe, distante, inacessível.
Histórico: Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas,
onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos.

Da pá virada
Significado: Um sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio.
Histórico: Mas a origem da palavra é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada para o solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo homem vagabundo, irresponsável, parasita. Hoje em dia, o sujeito da “pá virada”, parece-me, tem outro sentido. Ele é o “bom”. O significado das expressões mudam muito no Brasil com o passar do tempo.

nhenhenhém
Significado: Conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo, rezinga.
Histórico: Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

Não entender patavina
Significado: Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.
Histórico: Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.

Tem ainda algumas perguntas que parecem absurdas, ou feitas para tolos, ou para zoar alguém, por parecer que a resposta já está embutida na prórpia pergunta; mas não é bem assim...
Vejamos
:
Quanto tempo durou a Guerra dos 100 anos?
Onde é fabricado o famoso Chapéu Panamá?
Em que mês se comemora a Revolução de outubro?
Qual o primeiro nome do Rei George VI?
As Ilhas Canárias tem seu nome tirado de que bicho?
Qual era a cor do cavalo Branco de Napoleão?


Respondendo:
A Guerra dos 100 anos durou 116 anos de 1337 a 1453.
O Chapéu Panamá é fabricado no Equador.
A Revolução de Outubro é comemorada em Novembro.
O Primeiro Nome do Rei George Vl era " Albert".Em 1936 ele atendeu a um desejo da Rainha Vitória,de que nenhum outro Rei se chamaria Albert e mudou de nome.
As Ilhas Canárias tem seu nome tirado do Cachorro.O nome latino é "Insulario Canaria",que em Latim significa Ilha dos Cachorros.
O cavalo de Napoleão se chamava Branco e a sua cor era o Baio (Bege)


Então, é isso!
Eu não posso chamar de inútil alguma coisa que tenha me acrescentado conhecimento ou informação, mas cada um classifica como quiser.
Deixo aberto o espaço para que você, leitor, acrescente alguma coisa, significado ou origem de palavras, ditados ou expressões das quais tenha conhecimento e que não estejam relatadas nessa postagem. Também fique à vontade para perguntar sobre alguma curiosidade que tenha, se eu souber respondo, se não souber, pesquiso e tento responder.
Espero que essa pequena gama de informação te tenha sido útil de alguma forma!Rsrsrs!

Aguardo seu comentário!
Bjú!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Casa arrumada!




Olá, pessoas!
Estava lendo esse texto da autoria de Carlos Drummond de Andrade e parei para refletir.
A maioria de nós tende a pensar que os homens não reparam na arrumação de uma casa e que , ao contrário, só tendem a repará-las quando estão sujas ou desarrumadas! Mas esse texto foi escrito por um homem! Está certo que não foi por um homem qualquer...ele era um poeta, talvez alguns de vocês digam, sim, mas um poeta homem! O que nos dá a entender que reparam sim!
Porém o que mais me chamou a atenção no texto é justamente o comentário que ele faz daquilo que nós temos certeza que os homens reparam em uma casa: a desarrumação e os defeitos na construção.
Para o poeta lençóis revirados era sinal de gente namorando a qualquer hora do dia, ou brincando despreocupadamente sobre eles!
Fogão gasto era sinal de fogão usado em casa onde comida não faltava!
Piso arranhado não era desleixo de mulher que deveria estar toda semana encerando-os, era sinal de festa! De gente dançando sobre eles!
Livros fora da prateleira era sinal de alguém se interessando por conhecimento, buscando-o, aprendendo!
A questão não é se reparamos ou não na desordem mas o que essa desordem significa para quem repara nelas.
Quisera nós todas as pessoas independente do sexo, se homem ou mulher, pudessem olhar para a aparente dessarrumação de uma casa com outros olhos, de uma vida com outros olhos...
Haveriam os que concordassem com o poeta em tudo!
Talvez alguns de nós pense: Mas isso só acontece na cabeça dos poetas! Dos utópicos!
Não!
Isso pode e deve acontecer na minha, na sua cabeça!
Nao precisamos nem esperar que os outros reparem na aparente desordem da nossa casa para explicar que nela tem gente vivendo e se mexendo o tempo todo.
Ou na aparente desordem da nossa vida para explicar que nela também tem gente circulando, entrando e saindo.
Aliás não precisamos esperar nem explicar nada pra ninguém!
O importante desse texto é que ele me chamou a atenção de como eu devo ver a aparente desordem da minha casa e da minha vida! De que eu saiba o que se passa nelas sem a obrigação de justficá-las a ninguém! Mas se me perguntarem, poder responder sem medo do constrangimento!
Continuarei sim me esforçando para manter minha casa arrumada e limpa, mas se por acaso eu chegar e ver os lençóis das camas desarrumados vou lembrar que meus filhos descansaram de mais um dia de aula, ou do futebol ou de qualquer outra coisa que os tenha cansado nelas.E é lícito!Estavam cuidando do seu futuro, ou do seu lazer, estavam vivendo!
Se vir pratos sujos deixados na pia, antes de dar um "pity" porque não foram lavados e na casa não tem empregada, vou primeiro lembrar de agradecer a Deus porque comida na casa não faltou!
Pra cada desordem notada e necessitando ser arrumada, vou lembrar que não vivo só!
Que gente entra e sai da minha casa.Circulam por ela! Amigos dos meus filhos adolescentes tão bagunceiros quanto eles, uma peculiaridade da adolescência.
Meus amigos que vieram me ver porque tenho alguma importância pra eles, porque gostamos de estar na companhia uns dos outros, ou porque precisaram de mim pra alguma coisa ou eu deles; não importa! Estivemos juntos e os rastros disso fcou registrado!
Assim também quero que meus olhos vejam a aparente dessarrumação da minha vida!
Ainda que eu sempre tenha que arrumar depois, ajeitar daqui ou dalí, pôr alguma coisa no lugar, quer tenha tido ajuda pra isso, quer não, pessoas passaram por ela.
Algumas fizeram bagunça, outras deixaram na intocada sendo tocantes, e ainda outras viraram-na de cabeça para baixo! Mas nunca estive nem vivi só!
Espero que gostem do texto e que faça em você alguma diferença, como fez em mim, do modo ver as coisas. De ver a aparente organização ou desorganização do lugar onde vivemos, e de como vivemos a própria vida em si.
Mega bjú!!!

Cleide Capitu




CASA ARRUMADA
(Carlos Drummond de Andrade)

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação
e uma boa entrada de luz.

Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas.
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida.

Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso,
pelo abuso das refeições fartas,
que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.

E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto.
Casa com vida é aquela em que a gente entra
e se sente bem-vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos.
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias.

Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela.
E reconhecer nela o seu lugar.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Colegas de trabalho. Todo mundo tem um que é assim...


(Click na magem para expandí-la. Vai identificar um ou vários amigos que são exatamente assim!Rsrsrssr!)

Salve, salve pessoas!
Estive um tempo sem pc e isso dificultou ( e muito) meus trabalhos, inclusive aqui no blog.
Enquanto verificava o que sobrou dos meus arquivos com a formatação da máquina vi que um arquivo de fotos de amigos de trabalho que eu gostava muito se perdeu. Ainda bem que algumas delas estão no meu orkut e posso refazer o álbum, mas para minha tristeza meu celular também foi para o espaço e as que estavam nele não tinha ainda passado para o pc. Estas se perderam mesmo...
Mas amigo que é amigo a gente guarda mesmo é no coração, na lembrança.
Claro que algumas fotos perdidas, especialmente as do celular, eram divertidíssimas mas vou poder tirar outras ainda mais divertidas com certeza!
O fato é que essa busca toda me levou a lembrar de muitos colegas de trabalho que passaram por minha vida.
E esse foi o post que acredito que mais editei e reeditei até agora, porque cada colega de trabalho que o lê e não vê seu nome escrito reclama! Mesmo eu explicando que não teria condições de citar o nome de tanta gente bacana, por isso mesmo citei os diversos estilos para que se identificassem neles. Não adiantou! Tem gente que fez beicinho mesmo! Quer ver o nome aqui!Tudo bem! Cada que vez que for preciso, reedito para agradar pelo menos a maioria dessa gente que já me deu tantos momentos agradáveis nessa extensa vida profissional,rsrsrs.
Nossa! Foram tantos! Já trabalhei em tanto lugar que até tinha me esquecido! Mas o bacana é que algumas pessoas mesmo depois de anos e anos continuam meus amigos até hoje. E quando digo "amigos até hoje" não é daqueles que você de vez em quando encontra nas festas de amigos em comum, ou eventos aleatóreos não, são amigos mesmo, que fazem parte da minha vida, participam dela, acompanharam tantas fases da minha vida pessoal como casamento, nascimento dos filhos, etc...e profissional como crescimento curricular, promoções, passagem em concursos dificílimos e por aí vai...
Me lembrei de tanta gente bacana!
As empresas mudam, os cargos mudam, você muda mas os grupos de colegas de trabalho, ainda que não sejam mais as mesmas pessoas do seu trabalho anterior continua tendo perfis semelhantes.
Sempre vai ter no grupo o estressado, o zen, o super zen, o preguiçoso, o contador de histórias, o carrancudo, o dedo-duro, o espalhador de novidades(para nãodizer fofoqueiro,rsrsrsrsr), o gaiato, o chorão, o pão-duro,o caxias,o que discorda de tudo só para contrariar a maioria...enfim, cada um com sua peculiaridade e nos meus grupos de trabalho acho que já passaram de todos os tipos. O mais bacana é que (acredite!!!!!!!!!!)eu sempre consegui me dar,ou pelo menos conviver muito bem com todos!
Somos diferentes uns dos outros e aprender a conviver e a respeitar a individualidade de cada um faz toda a diferença no resultado final. O que é bom pra todo mundo e para o bom andamento do trabalho. Ainda que você não se identifique muito com um ou outro colega e vice-versa, ou se identifique mais com determinado colega e igualmente vice-versa, faz parte, e saber trabalhar isso demonstra maturidade pessoal e profissional e mais: o tempo vai passar, vocês podem nunca mais voltarem a trabalhar juntos mais a amizade cultivada vai sobreviver ao tempo.
Me lembrei do meu primeiro emprego: a rede Mc Donad´s. Nossa! Eu era adolescente ainda e precisava bancar meus estudos. O salário era péssimo! O pior que eu já recebi em toda minha vida funcional mas a equipe de trabalho, que gente bacana! Todo mundo muito novinho de idade, com os mesmo planos de passar no vestibular, em um bom concurso. E como a gente estudava junto! Trocava idéia, dividia material e sonhos...
Depois vieram outros empregos melhores em condições de trabalho e salário e novamente equipes muito especiais.
Editora Ática, onde fomentei ainda mais minha busca por conhecimento literário, Toesa service, etc., etc...
Nem dá pra citar nomes de todos porque esse texto ficaria enoooorme, mas algumas pessoas se tornaram tão amigas, mas tão amigas que não tem como deixar de citá-las, pois os anos passaram, nossas vidas mudaram, alguns já são avós, outros já partiram para outro plano espiritual e ainda assim continuam fazendo parte da minha vida como um dia já fizeram da minha história profissional.
Minha equipe de trabalho da extinta Telerj por exemplo, ano de mil novecentos e vovô garoto, rsrsrsrsr, foi a que me deixou mais amigos e onde eu mais cresci profissionalmente. Lá entrei telefonista e saí supervisora de equipe.E que equipe maravilhosa!
A Margô nem conta, pois deixou de ser amiga de trabalho, foi se chegando até ser adotada por toda minha família e acabou virando minha irmã de verdade; Cleide, minha xará, coincidentemente de nome e sobrenome iguais, essa a era super zen. Nada a aborrecia!E não aborrece até hoje! Dóris,a cautelosa, até para falar pensava uma vida,rsrsrs; Claudinha Costa,a super prestativa, quanta festa organizamos juntas! Chamou,ela vem!; Luis Claudio, o ouvinte, conselheiro, sempre com uma palavra ponderada para amenizar os conflitos; isso sem falar na turma da ANDEF (Associação de Deficientes Fisícos) com a qual tínhamos um contrato de trabalho; Franck, Angélica...Eles eram um exemplo de superação para os preguiçosos de plantão.
Outra equipe de trabalho que não dá para esquecer é da SMSDC/CAP-1.0, meu último trabalho antes de vir para o Ministério da Saúde. Lá também cheguei do concurso com um cargo muito pequeno e fui galgando ao longo dos anos um espaço melhor mas isso graças a equipe maravilhosa de colegas de trabalho que tive e que permanecem meus amigos. Figuraças!
Pardelinha, o vascaíno doente sem noção; Dila, a pesssoa mais espirituosa que já conheci; Rita, minha "personal stylit" a elegância em pessoa; Dra.Eliana, mal-humorada mais querida do mundo! Fátima Meirelles, a equilibrada; Silvia Karla,vulgo poodle loura, a tranquilaça, Zélia, a distraída, Carol e Bernardo, dispensam palavras, topam tudo! Silvio Carvalho, o artista, Felipe, o galã; Débinha, a companheira de todas as horas, Kátia Rosa (já no andar de cima) a alegria em forma de gente,Alex,sempre sério,mas amigo,muito amigo,Ana Calçada(olha que situação!)Marcinha Bessa,a relax,minha médica preferida ...e tantos outros e todos continuam sendo muito próximos. Se precisar chamo, se eles precisarem me chamam também.
Aqui no INTO minha atual equipe de trabalho é bem bacana também e tenho certeza que alguns desses amigos vão ser por muitos anos, mesmo que venhamos a mudar de setor, e alguns, acredito que serão pra sempre como a Adriana com quem a empatia foi de cara!Temos o mesmo gosto pelas roupas e outras coisas bacanas em comum; uma amizade que começou no setor,se estendeu aos nossos filhos que também se tornaram amigos e permanece fora dos portões do INTO.
Porém o mais curioso(e que muito me alegrou) foi que a maioria das reclamações vieram justamente aqui do INTO! Um lugar onde estou a menos de dois anos! Nem terminei o estágio probatório ainda! Nem imaginava que tanta gente se sente importante na convivência comigo, como eu também me sinto na convivência com eles a ponto de fazerem questão de verem escritos aqui como eu os vejo enquanto colegas de trabalho! E ainda me lembrarem de outros colegas para serem citados também!
Então vamos lá!
Tem a galera dos andares de internação com os quais estive muito tempo antes de vir para a Farmácia e todos os profissionais de lá são hilários, dos Médicos aos residentes, passando por todos os profissionais da área médica de reabilitação.
Emily é a Téc. de enfermagem da qual somos confidentes uma da outra;
A Ceici me acompanha desde os tempos de SMSDC, sempre interessada nos meus textos literários; Pablo e Ale, amigos, incentivadores e muito solidários. Me "carregaram nas costas" durante todo o tempo de tratamento dos braços. Bernardo, meu apoiador nas reivindicações justas, sem medo das consequências como eu; Camila, um doce...Céia, guerreiraça e tantos outros...
Mas voltando a Farmácia, meu atual setor, tem umas figuras bem interessantes, como o José Claudio, quase uma enciclopédia ambulante e o Roberto,o sex...(sexagenário!KKKKKKKKKK!)inteligentíssimos!
A Cris, que ri de tudo e dificilmente fica (ou demonstra) mau-humor, mesmo quando o plantão está "bombando";
O Cícero, a doçura em pessoa; a Ilma, a calada e mais prestativa do setor; o Zé(vulgo Barrichello) devagar mas faz bem feito!; O Marcelo Krof que nunca entra no setor sem soltar uma piada; o Mário, o caladinho mas que quando abre a boca é pra zoar alguém; O Nilo, o comilão e a Regina, qua chegou a pouco e já tem a difícil tarefa de distraí-lo para tentar fazê-lo comer menos; o Tatá, alvo preferido de todo mundo para zoação mas não se meta com ele porque o Thomas-35 não gosta!UUUUUIIII!; o Gui que só trabalha quando está a fim; o Amado (sabe que até esqueço o nome dele?)cooperador, ágil e fazedor de filhos nas horas vagas (dizem...)mas agora ele tem um concorrente nesse quesito,o Gil que já chegou dizendo que faz mais; A Leilinda, a caladona com cara de má (ixi mas é só a cara!); a Kátia, a zen ao cubo e a Lu, o inverso. Tem também Nanda, a ponderada e o Klaus, o sósia do Jonh Travolta, o artista da equipe, e o Lipe, o intelectual e conjunto perfeito! Tem a Claudia Cilene,a Cacau, de quem sou fã excrachada!Inteligente,prestativa, sempre cuidando dos amigos...Tem a Paty,a estudiosa e a Renata com suas histórias engraçadas; pena fazermos muito pouco plantões juntas.
Tinha também a Edna,que depois de inúmeras contagens de tempo finalmente aposentou-se.Ela é divertidíssima e felizmente moramos no mesmo bairro e não vou deixar de vê-la e continuar rindo muito com ela!
E sem falar no seu Jorge,o nogento.Sempre falando alguma bizarrize que me deixa enjoada!
A Naty, a loura, gente boa e descolada! Dona Nilda, sempre com a cara de emburrada mas quando abre aquele sorriso...conquista geral!Ah, e ainda faz um cafezinho de cheirar o prédio todo!
Ah! Tem as "musas"! Mulheres lindíssimas que circulam pelo setor! As mamães zelosas e babonas (como eu,claro!), os brigões que travam uma verdadeira guerra de palavras sempre querendo mostrar ao outro que é o melhor, mas não no trabalho, acreditem, essas brigas horríveis são por causa de...time de futebol!!!!! (Não é Pablo?)!
Tem a turma que atende no balcão, sempre ocupadíssimos, pedindo tudo, mas muito prestativos. E a Verônica, a guardiã dos esquecidos, sempre correndo atrás da galera para lembrarem dos avisos importantes que rolam pelo prédio.
E não posso deixar de falar de maneira nenhuma do Luis! A alegria em forma de gente! Se bom humor e alegria dessem dinheiro o cara estaria rico! O plantão dele passa sem que a gente perceba de tanto que ele nos faz rir!
Mas a sensação da equipe é o Washley, o politicamente informado e militante. A sensação do grupo!Esse é o membro da equipe que eu gostaria que todos tivessem a oportunidade de fazer um plantão com ele. Isso porque o cara é divertidíssimo! As gargalhadas dele contaminam quem estiver por perto ( e longe também porque são altas pra caramba!) e ainda sai com umas tiradas durante o plantão que não tenho como deixar de registrar. Coisas do tipo:
" Se você acha que ser gordo é bonitinho compra um torresmo, um toucinho e passa o dia admirando."
"Na concepção das mulheres desprezadas não existe mulher feia,só homem boiola."
"O vasco nunca perde jogo nenhum, tudo faz parte de uma estratégia maior.Os outros é que não entendem nada de futebol e ficam comentando."
"Não discuto futebol em dia santo."(Isso só quando o vasco vai mal, ouseja, quase sempre,rsrsrsrs).
"Não sou contribuinte coisa nenhuma. Contribuinte dá se quiser, como sou obrigado a pagar sou pagador de impostos mesmo."

E mais um monte de outras coisas do tipo que ele fala que eu esqueci de anotar mas que certamente se alguém ler aqui e lembrar vai comentar com certeza!
Costumo dizer que o plantão dos sonhos e trabalhar com o Washley e o Luis juntos!
E ainda tem uma gama de gente que trabalha comigo, não na mesma equipe mas que compartilha o mesmo ambiente, de todo tipo: estressado, calmo demais, alienado, divertido, invocado, tímido, estrela, sensível demais etc, etc, etc...Gente chegando... gente que ainda vai chegar....
E é isso aí, por todo lugar que se passe vai ter sempre todo tipo de gente. O importante é lembrar que todos fizeram por onde estar alí dividindo aquele espaço com você e se conseguirmos respeitarmos as diferenças, separar as divergências do profissional sem deixar afetar o lado pessoal e acima de tudo fazer o possível para tornar a convivência o mais agradável possível, a tendência é ganharmos mais que colegas de trabalho, é conquistarmos amigos!
A todos, um super mega bjú!!!!!!!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Os vereadores do RJ não tem carro, tadinhos! Que tal uns palhaços para alegrá-los com um Sedan Jetta? Ah, colabora vai! Ganham tão mal...



Olá, pessoas!
Não tenho como começar este texto expressando nada que lembre bom humor. Ao contrário, as últimas notícias que chegaram aos meus ouvidos esta semana enquanto cidadã só não me fizeram surtar porque deste governo municipal eu espero tudo!
Comecei a semana recebendo um comunicado da 12ª vara de execuções me informando que a Prefeitura do Rio de janeiro me processou, que eu não compareci a audiência em março do ano passado, e que julgada a revelia fora condenada a pagar um valor aos cofres públicos sob a pena de ter o meu nome inscrito na dívida ativa do município caso não o faça.Não compareci porque não fui comunicada. Não recebi nenhum telegrama, telefonema, nada parecido sobre o assunto. Se quer sabia que estava sendo processada...
Vocês devem estar pensando: Será que entendemos direito? Não seria o contrário? Após anos sendo explorada em desvio de função na SMSDC, ganhando um salário que não fazia jus a função exercida, tendo os braços seriamente danificados por conta desse desvio de função, não seria eu quem deveria estar processando a Prefeitura do Rio?
Pois é...mas foi isso mesmo que aconteceu. A Prefeitura alega que tenho que devolver ao erário um valor que, segundo eles, recebi indevidamente no processo de exoneração. O que não sabem explicar é como na data da exoneração me foi concedido um documento de "Nada consta", imprescindível para que minha exoneração a pedido fosse efetivada. E mais: se eu não pagar o que foi cobrado em juízo terei problemas no Ministério, pois ainda estou em Estágio probatório e servidor nessas condições não pode ter dívida pública.
Resumindo: A Prefeitura me pagava um salário rídiculo, me explorava em desvio de função, comprometeu minha saúde e mesmo depois de eu ter conseguido me livrar economicamente dela , estudando e muito pra isso,ainda ameaça a minha vida no Ministério com essa cobrança descabida.
Já muito irritada com isso, recebi pelos meios de comunicação outra notícia bombástica sobre o fato da Prefeitura brincar com o nosso dinheiro como lhe convém fazer.A matéria dizia:
" A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou a compra de 51 automóveis para todos os parlamentares. O gasto chega a dois milhões e oitocentos mil reais."

Que vergonha!!!
Ainda meio sem acreditar, fui ler o restante da matéria para ter certeza que não estava enganada. Esses mesmos parlamentares ganham um salário absurdo perto do que eu e a maioria do povo carioca, ganha!E ainda tem benefícios que a maioria da pupulação nunca se quer ouviu falar, além de ter a manutenção dos seus gastos, inclusive com veículos, paga pela população. Meros mil litros de combustível mensais...Quanto mais lia, mais estarrecida ficava...
A materia seguia dizendo:
" O modelo já foi escolhido e o contemplado é o novo modelo do sedã Jetta, da Volkswagen, cuja versão mais simples custa R$ 65.755.
(Só isso?)
O motivo da compra, segundo a assessoria da Câmara, é que “a casa estava com recursos suficientes para adquirir carros oficiais”.
(É mesmo?)
No entanto, não informou os valores gastos com a compra. A decisão foi tomada em reunião da Mesa Diretora, que também alega que mais de 80% das câmaras municipais do Brasil possuem carros próprios.
(Inveja mata!)
Nos corredores da casa, circula a informação de que os veículos serão comprados com desconto. Cada um sairia por R$ 55 mil. Ou seja, a compra chegaria a R$ 2,805 milhões.
(Barateou bastante, não acham?)
Dos 51 vereadores, apenas sete recusaram o benefício: Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), Eliomar Coelho (PSOL), Leonel Brizola Neto (PDT), Paulo Pinheiro (PPS), Teresa Bergher (PSDB) e Tio Carlos (DEM) e Carlos Bolsonaro (PP).
(Melhor gravar bem esses nomes.Encontrar alguém decente no meio dessa sujeira é um achado e tanto!).
Mesmo assim, a Câmara deve comprar os 51 carros e, quem não quiser ficar, devolverá.
(Isso. Pode comprar, a população carioca paga!).

“Não quero carro. Tenho o meu e, se eu precisasse, parcelava em 60 vezes. Isso é um deboche com o cidadão que vai pagar”, afirma a vereadora Teresa Bergher, a primeira a recusar o “presente”.
(Raridade!Gravarei mesmo esse nome!)

A primeira opção dos parlamentares era o modelo Bora, também da Volkswagen, para seguir o padrão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. No entanto, como o Bora vai sair de linha, eles optaram pelo Jetta.
(Ah, carro fora de linha é muito pouco para quem trabalha tanto, coitados...).
A compra foi decidida pouco tempo depois do reajuste de 63% do salário dos vereadores, que no mês passado passou de R$ 9.200 para R$ 15 mil mensais. Fato que só aumenta a polêmica. Eles já têm direito a mil litros de gasolina por mês, além de poderem contratar 20 pessoas, entre eles, motorista.
(Eu não disse?!)

“É questão de prioridade. Com tanta coisa para resolver na cidade, não podemos nos dar ao luxo de receber um presente desses. Além disso, nosso salário é bom o suficiente para comprarmos um carro com recursos próprios, principalmente aqueles que aceitaram o aumento”, diz Paulo Pinheiro, um dos quatro vereadores que recusaram o aumento.
(Outro nome para ficar na memória do povo carioca.Mas eu trocaria o termo "prioridade" que ele usou por "vergonha na cara" ).

Procurado , o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), informou através da assessoria da Casa que só vai se pronunciar quando os carros forem adquiridos.
(Vai falar o quê? Contra fatos não há argumentos.).

Tinha muito mais coisa escrita na matéria, que enojada, não vale a pena continuar relatando. Está estampada em todos os jornais, por toda a cidade.É só procurar que encontra.

Mas tem um justo lá cima que, eu creio, olha por nós!
Hoje, dia 13 de maio, dia em que se comemora a Abolição da escravatura no Brasil, a Câmara Municipal anunciou que voltou atrás! Ou seja, a aquisição dos carros foi cancelada. O motivo? Segundo a Câmara, a maioria dos vereadores que votaram a favor da mesma recuaram! Ficaram em cima do muro, se omitiram ou não tomaram nenhuma posição a rspeito.
Segundo minha opinião, recuaram devido a pressão popular; a indignação coletiva anunciada!Isso mostra que ainda vale a pena sim protestar! E protestar muito! Gritar, convocar para um panelaço, fazer barulho, mostrar que o povo não está doormindoooo!!!

O Presidente da Câmara quando veio a público anunciar o recuo, ainda disse que só restou um pequeno probleminha: o que fazer com os mais de dois milhoes ja gastos com os trinta e três carros já comprados com o dinheiro público?
Ainda deu uma sugestão: quem sabe a montadora Volks não devolve o dinheiro, já que eles fizeram tanta propaganda com o nome dela?
Eu também tenho uma sugestão: Que tal vender esses carros em leilão público e distribuir o valor adquirido entre entidades que realmente prestam serviços a população carente e que realmente necessitam do dinheiro?

Espero que mesmo com o recuo por parte dos ilustres vereadores, esse nome Jorge Felippe (com dois "p")e o seu partido PMDB não saiam da memória do povo carioca, nem do povo brasileiro. Infelizmente não por uma ato de brilhantismo da parte dele, por demonstrar dignidade durante sua gestão, mas por essa humilhação imposta a população que paga, e caro diga-se de passagem, uma infinidade de impostos.
Os comentários que ouvi a respeito desse assunto nos mais diversos circulos de conversas era sempre o mesmo, unânime, de que acham que a gente é palhaço!
Pelo menos é assim que eu penso que o povo está se sentindo, pagando carros luxuosos para políticos enquanto enfrentam diariamente as piores condições de transporte para chegarem aos seus locais de trabalho e trabalharem, coisa que eles nem sempre o fazem.
E ainda tem a cara-de-pau de chamar o cidadão de contribuinte...
Ora, entendo que contribuir é um ato voluntário. Se passa a ser imposição, não é contribuição.
Por isso mesmo me recuso a ser chamada de contribuinte.Sou pagadora de impostos e ponto final.

Bjú indignado!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Caapitú / Capitolina / Capitu


Olá, pessoas!
Estava aqui pensando como o codinome que escolhi enquanto escritora rende "pano-pra-manga" nas rodas de conversas.
Pensei muito e pesquisei muito também antes de finalmente escolher o nome com o qual eu assinaria minhas postagens pelo tempo que meu bom Deus assim o permitir! Queria mesmo que fosse um nome forte, que causasse impacto ao ser lido, pronunciado, que tivesse uma bagagem interessante em seu conteúdo e, claro, que combinasse comigo.
Capitu foi uma escolha perfeita!
É bem verdade que sou fã assumida de Machado de Assis, apaixonada por toda sua obra e fascinada pela personagem Capitu criada por ele em Dom Casmurro, mas ao contrário do que muita gente pensa não foi daí que surgiu a inspiração para a escolha do codinome que orgulhosamente uso, mas sim do nome de uma planta rara da flora brasileira, Caapitu, cuja características me lembra (e muito!)minha própria personalidade.
Porém o que mais me chama atenção quando cito o meu nome Capitu, é a quantidade de vezes em que a maioria das pessoas logo se lembram de uma outra Capitu; a personagem criada pelo autor de novelas Manoel Carlos. Não que a personagem não mereça ser lembrada, até porque a mesma fora criada com intenção de homenagear o escritor Machado de Assis e "sua Capitu", mas me intriga o quanto grande parte das pessoas são tendenciosas a se lembrarem da mais pobre de conteúdo das Capitus que conheço, alguns até fazendo maldosamente alusão a profissão de prostituta que o autor Manoel Carlos deu a sua Capitu (que para exercer o ofício usava o codinome Carla, codinome esse que ficou esquecido) e se quer mencionando a riqueza da intrigante Capitu de Machado de Assis, e ainda não demonstrando nenhum conhecimernto da existência da Caapitú, planta de origem indígena brasileira. Tudo bem que querer que todos conheçam uma planta tão rara da flora brasileira, ou pensar que os que conhecem ou já ouviram falar do Limão-bravo saibam que seu nome original em Tupi-Guarani é Caapitú seria demais, mas daí a só ter na memória somente um personagem de novela das oito toda vez que se fala o nome Capitu, também acho muito pouco...
Como contribuição à cultura geral resolvi esclarecer um pouco quem é quem nessas ricas Capitus que conheço. Vamos as apresentações:

Caapitú ( Siparuna guianensis):Planta de origem indígena da família das Monimiaceae. Também conhecida como caapitiú, limão-bravo, cicatrizante-das-guianas.
Propriedades medicinais: calmante, diurético, peitoral, tônico, vasodilatador.
Indicações: cólica ventosa, dispepsia, espasmo doloroso, febre, gases , reumatismo.
Essa árvore é extremamente espinhenta e chega a medir 16 metros de altura. Possui folhas simples e um tronco que gira em torno de 50 a 70 centímetros de diâmetro.
O limbo é amplo, lanceolado-oblongo, agudo ou estreitamente acuminado, de base arredondada e às vezes mais ou menos cordada e geralmente bastante atenuada. As folhas frescas possuem cheiro aromático, agradável, semelhante a do limão e da erva cidreira combinados; seu sabor é aromático e um tanto amargo.

Capitolina:
Capitolina ou Capitu é uma instigante personagem do livro Dom Casmurro de Machado de Assis. Mulher de personalidade forte e envolvente, Capitu deixou na literatura brasileira a marca de seus olhos profundos e inexplicáveis: "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" ou "olhos de ressaca", conforme relata o marido ciumento, Bento Santiago, o "Dom Casmurro".
"Essa Capitu" representa as múltiplas facetas e o fascínio da mulher brasileira.

Capitu ou Carla:
Personagem vivida por Giovana Antonelli na novela Laços de família da autoria de Manoel Carlos, exibida na Rede Globo no ano 2000. Seu nome foi dado por seu pai,um intelectual aposentado que trabalha como revisor de livros, em uma explícita homenagem ao trabalho do escritor clássico Machado de Assis. A personagem mora com o pai, a mãe humilde costureira e um filho que cria sem pai, além de abrigar em casa uma colega de faculdade e profissão, sua única confidente.É universitária e para manter a faculdade e o filho trabalha como garota de programa de luxo e utiliza o codinome Carla para exercer o ofício.

Como vêem, o que essas três Capitus e eu mesma enquanto Capitu temos em comum além da pronúncia similar do nome , é o fato de sermos brasileiras e termos cada uma sua própria história para contar ou ser contada.
Conheço ainda uma quarta Capitu, também escritora, que também utiliza um blog para divulgar o seu trabalho. É por respeito a ela que assino Capitu-rj, pois ela é a Capitu de um outro estado do Brasil. Seus escritos são maravilhosos! Ela escreve especialmente para um grupo específico de pessoas, ainda seleto e infelizmente discriminado, embora venha conquistando respeito e espaço na sociedade em geral. Não nos conhecemos pessoalmente, só pelas redes sociais mas com certeza a dmiração pelo trabalho uma da outra é recíproca!
Também posso afirmar que tenho algo em comum com as Capitus que conheço.
Com algumas menos, com outras mais e percebi isso na medida em que fui conhecendo um pouco de cada uma delas.
Com a Capitu de um outro estado do Brasil, tenho em comum o fato de sermos escritoras brasileiras, a sensibilidade e a paixão demonstrada em cada trabalho, em cada texto escrito e o carinho e cuidado atribuído a eles como a um filho gerado; o que a bem da verdade não deixa de ser...cada trabalho desenvolvido é mesmo como um filho.
Com a Capitu/Carla criada por Manoel Carlos em Laços de família, tenho em comum o lado batalhador da personagem em busca de um diploma e de cumprir a tarefa de criar um filho. Não que eu concorde com a forma que a personagem optou para cumprir isso, mas quem sou eu para julgar as milhares de mulheres que ela representa? Afinal não temos todos os nossos segredos? Outra coisa que tenho em comum com essa personagem é o lado amigo. Ela abriga uma amiga em sua casa, dormindo no seu próprio quarto. Meus amigos sabem que jamais deixaria nenhum deles na rua.Sempre teve um cantinho na minha casa para cada um que precisou e continua tendo.Não importa que tipo de vida levem. São meus amigos! Faço por eles o que sei que fariam por mim.
Com a Capitu/Capitolina de Machado de Assis tenho em comum a força de expressão. Ela falava com os olhos e cabia a quem olhasse dentro deles acreditar ou não na afirmativa que apresentavam. A personagem dispensava as palavras, enquanto eu abuso do direito de usá-las. Talvez no caso dela por viver em uma época em que as mulheres tinham pouca força de voz, então já que não adiantava falar com os lábios, melhor aceitar e tentar convencer com os olhos. Já eu me expresso com liberdade de todas as formas que me é permitido expressar; mas uma semelhança é fato,nos expressamos como podemos.
Já com a Caapitú planta tenho muito em comum! Somos da mesma origem indígena, temos características únicas, que ninguém mais tem. Uma aparência própria, um cheiro próprio, um sabor próprio...A quem consiga chegar bem perto para tocar, sentir o cheiro mas antes terá que passar pelos espinhos.O sabor pode ter um conceito geral de amargo por todos, mas será doce para quem se esmerou em provar dele.
Ah, quisera eu ter o poder de cura dela! Não haveriam doentes a minha volta, nenhum tipo deles! Mas sou só humana...no máximo ajudo a aliviar dores, mas como humana também posso ser responsável pela causa delas, ainda que não seja esse o meu intento, faz parte do fato de ser humana...
Agora já sabem que se eu pudesse ter escolhido o meu próprio nome, Capitu seria ele!
Bem, finalmente espero que falando um pouco do que conheço de "Capitu", fazer com que as pessoas tenham um leque maior de assuntos, uma gama de conhecimento mais ampla para inserir em suas conversas cada vez que me ouvirem falar:"sou escritora e nesse meio me conhecem por Capitu. Muito prazer!

By Capitu-rj