sexta-feira, 13 de maio de 2011
Os vereadores do RJ não tem carro, tadinhos! Que tal uns palhaços para alegrá-los com um Sedan Jetta? Ah, colabora vai! Ganham tão mal...
Olá, pessoas!
Não tenho como começar este texto expressando nada que lembre bom humor. Ao contrário, as últimas notícias que chegaram aos meus ouvidos esta semana enquanto cidadã só não me fizeram surtar porque deste governo municipal eu espero tudo!
Comecei a semana recebendo um comunicado da 12ª vara de execuções me informando que a Prefeitura do Rio de janeiro me processou, que eu não compareci a audiência em março do ano passado, e que julgada a revelia fora condenada a pagar um valor aos cofres públicos sob a pena de ter o meu nome inscrito na dívida ativa do município caso não o faça.Não compareci porque não fui comunicada. Não recebi nenhum telegrama, telefonema, nada parecido sobre o assunto. Se quer sabia que estava sendo processada...
Vocês devem estar pensando: Será que entendemos direito? Não seria o contrário? Após anos sendo explorada em desvio de função na SMSDC, ganhando um salário que não fazia jus a função exercida, tendo os braços seriamente danificados por conta desse desvio de função, não seria eu quem deveria estar processando a Prefeitura do Rio?
Pois é...mas foi isso mesmo que aconteceu. A Prefeitura alega que tenho que devolver ao erário um valor que, segundo eles, recebi indevidamente no processo de exoneração. O que não sabem explicar é como na data da exoneração me foi concedido um documento de "Nada consta", imprescindível para que minha exoneração a pedido fosse efetivada. E mais: se eu não pagar o que foi cobrado em juízo terei problemas no Ministério, pois ainda estou em Estágio probatório e servidor nessas condições não pode ter dívida pública.
Resumindo: A Prefeitura me pagava um salário rídiculo, me explorava em desvio de função, comprometeu minha saúde e mesmo depois de eu ter conseguido me livrar economicamente dela , estudando e muito pra isso,ainda ameaça a minha vida no Ministério com essa cobrança descabida.
Já muito irritada com isso, recebi pelos meios de comunicação outra notícia bombástica sobre o fato da Prefeitura brincar com o nosso dinheiro como lhe convém fazer.A matéria dizia:
" A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou a compra de 51 automóveis para todos os parlamentares. O gasto chega a dois milhões e oitocentos mil reais."
Que vergonha!!!
Ainda meio sem acreditar, fui ler o restante da matéria para ter certeza que não estava enganada. Esses mesmos parlamentares ganham um salário absurdo perto do que eu e a maioria do povo carioca, ganha!E ainda tem benefícios que a maioria da pupulação nunca se quer ouviu falar, além de ter a manutenção dos seus gastos, inclusive com veículos, paga pela população. Meros mil litros de combustível mensais...Quanto mais lia, mais estarrecida ficava...
A materia seguia dizendo:
" O modelo já foi escolhido e o contemplado é o novo modelo do sedã Jetta, da Volkswagen, cuja versão mais simples custa R$ 65.755.
(Só isso?)
O motivo da compra, segundo a assessoria da Câmara, é que “a casa estava com recursos suficientes para adquirir carros oficiais”.
(É mesmo?)
No entanto, não informou os valores gastos com a compra. A decisão foi tomada em reunião da Mesa Diretora, que também alega que mais de 80% das câmaras municipais do Brasil possuem carros próprios.
(Inveja mata!)
Nos corredores da casa, circula a informação de que os veículos serão comprados com desconto. Cada um sairia por R$ 55 mil. Ou seja, a compra chegaria a R$ 2,805 milhões.
(Barateou bastante, não acham?)
Dos 51 vereadores, apenas sete recusaram o benefício: Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), Eliomar Coelho (PSOL), Leonel Brizola Neto (PDT), Paulo Pinheiro (PPS), Teresa Bergher (PSDB) e Tio Carlos (DEM) e Carlos Bolsonaro (PP).
(Melhor gravar bem esses nomes.Encontrar alguém decente no meio dessa sujeira é um achado e tanto!).
Mesmo assim, a Câmara deve comprar os 51 carros e, quem não quiser ficar, devolverá.
(Isso. Pode comprar, a população carioca paga!).
“Não quero carro. Tenho o meu e, se eu precisasse, parcelava em 60 vezes. Isso é um deboche com o cidadão que vai pagar”, afirma a vereadora Teresa Bergher, a primeira a recusar o “presente”.
(Raridade!Gravarei mesmo esse nome!)
A primeira opção dos parlamentares era o modelo Bora, também da Volkswagen, para seguir o padrão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. No entanto, como o Bora vai sair de linha, eles optaram pelo Jetta.
(Ah, carro fora de linha é muito pouco para quem trabalha tanto, coitados...).
A compra foi decidida pouco tempo depois do reajuste de 63% do salário dos vereadores, que no mês passado passou de R$ 9.200 para R$ 15 mil mensais. Fato que só aumenta a polêmica. Eles já têm direito a mil litros de gasolina por mês, além de poderem contratar 20 pessoas, entre eles, motorista.
(Eu não disse?!)
“É questão de prioridade. Com tanta coisa para resolver na cidade, não podemos nos dar ao luxo de receber um presente desses. Além disso, nosso salário é bom o suficiente para comprarmos um carro com recursos próprios, principalmente aqueles que aceitaram o aumento”, diz Paulo Pinheiro, um dos quatro vereadores que recusaram o aumento.
(Outro nome para ficar na memória do povo carioca.Mas eu trocaria o termo "prioridade" que ele usou por "vergonha na cara" ).
Procurado , o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), informou através da assessoria da Casa que só vai se pronunciar quando os carros forem adquiridos.
(Vai falar o quê? Contra fatos não há argumentos.).
Tinha muito mais coisa escrita na matéria, que enojada, não vale a pena continuar relatando. Está estampada em todos os jornais, por toda a cidade.É só procurar que encontra.
Mas tem um justo lá cima que, eu creio, olha por nós!
Hoje, dia 13 de maio, dia em que se comemora a Abolição da escravatura no Brasil, a Câmara Municipal anunciou que voltou atrás! Ou seja, a aquisição dos carros foi cancelada. O motivo? Segundo a Câmara, a maioria dos vereadores que votaram a favor da mesma recuaram! Ficaram em cima do muro, se omitiram ou não tomaram nenhuma posição a rspeito.
Segundo minha opinião, recuaram devido a pressão popular; a indignação coletiva anunciada!Isso mostra que ainda vale a pena sim protestar! E protestar muito! Gritar, convocar para um panelaço, fazer barulho, mostrar que o povo não está doormindoooo!!!
O Presidente da Câmara quando veio a público anunciar o recuo, ainda disse que só restou um pequeno probleminha: o que fazer com os mais de dois milhoes ja gastos com os trinta e três carros já comprados com o dinheiro público?
Ainda deu uma sugestão: quem sabe a montadora Volks não devolve o dinheiro, já que eles fizeram tanta propaganda com o nome dela?
Eu também tenho uma sugestão: Que tal vender esses carros em leilão público e distribuir o valor adquirido entre entidades que realmente prestam serviços a população carente e que realmente necessitam do dinheiro?
Espero que mesmo com o recuo por parte dos ilustres vereadores, esse nome Jorge Felippe (com dois "p")e o seu partido PMDB não saiam da memória do povo carioca, nem do povo brasileiro. Infelizmente não por uma ato de brilhantismo da parte dele, por demonstrar dignidade durante sua gestão, mas por essa humilhação imposta a população que paga, e caro diga-se de passagem, uma infinidade de impostos.
Os comentários que ouvi a respeito desse assunto nos mais diversos circulos de conversas era sempre o mesmo, unânime, de que acham que a gente é palhaço!
Pelo menos é assim que eu penso que o povo está se sentindo, pagando carros luxuosos para políticos enquanto enfrentam diariamente as piores condições de transporte para chegarem aos seus locais de trabalho e trabalharem, coisa que eles nem sempre o fazem.
E ainda tem a cara-de-pau de chamar o cidadão de contribuinte...
Ora, entendo que contribuir é um ato voluntário. Se passa a ser imposição, não é contribuição.
Por isso mesmo me recuso a ser chamada de contribuinte.Sou pagadora de impostos e ponto final.
Bjú indignado!
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